08 abril, 2009

A Constância

É comum a sensação de desorientação quando avançamos pelo estudo científico. Especialmente, quando se trata das Ciências Sociais e as dificuldades inerentes desse campo tão diversificado.
Ao folhear um livro do Cláudio de Moura Castro, chamado "A Prática da Pesquisa", encontrei uma espécie de guia para jovens cientistas... Mas serve para quem quiser!
Me refiro a "Carta aos Jovens", do russo Ivan Pavlov, que diz o seguinte:
"O que eu desejaria aos jovens de minha Pátria, consagrados à ciência?
Antes de tudo - constância. Nunca posso falar sem emoção sobre essa importante condição para o trabalho científico. Desde o início de seus trabalhos habituem-se a uma rigorosa constância na acumulação do conhecimento. Nunca acreditem no que se segue sem assimilar o que vem antes. Nunca tentem dissimular sua falta de conhecimento, ainda que com suposições e hipóteses audaciosas.
Acostumem-se à discrição e à paciência. Aprendam o trabalho árduo da ciência. Estudem, comparem, acumulem fatos.
Em segundo lugar, sejam modestos. Nunca pensem que sabem tudo. E não se tenham em alta conta; possam ter sempre a coragem de dizer: sou ignorante (Comentário meu: parte muito semelhante a sentença socrática "só sei que nada sei").
Em terceiro lugar, a paixão. Lembrem-se de que a Ciência exige que as pessoas se dediquem a ela durante a vida inteira. E se tivessem duas vidas, ainda assim não seria suficiente. A Ciência demanda dos indivíduos grande tensão e forte paixão. Sejam apaixonados por sua ciência e por suas pesquisas".

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